A criança Tipo Um foi ferida quando registrou que os pais não acreditavam nela. A sua Serenidade foi ameaçada quando começou a ser cobrada e questionada sobre seus comportamentos mais espontâneos. Desenvolve então o mecanismo da Ira, do Ressentimento. Explode e se culpa por isso.
A criança Tipo Dois foi ferida quando registrou que suas necessidades intrínsecas eram negadas. Ela não foi ouvida, atendida, e sentiu-se dolorosamente triste por isso. Passou a acreditar então que não podia mais demonstrar suas necessidades e correr o risco de sofrer novamente. Desenvolve o Orgulho como repressão das necessidades “eu não preciso de ninguém”.
A criança Tipo Três expressava naturalmente o que sentia, mas em algum momento registrou que não era vista em suas expressões naturais. Desenvolve então o Engano, ou a Mentira como alguns autores citam, desligando o botão das expressões naturais, e expressando apenas aquilo que acha que os outros esperam dela.
A criança Tipo Quatro era satisfeita emocionalmente (virtude da Equanimidade), era nutrida suficientemente de amor, mas de repente ela perdeu essa fonte de amor, sentindo que nada mais valia a pena. Desenvolve então a Inveja, incomodando-se com o amor que o outro ainda tem, e ela perdera. Tenta diminuir o outro para reduzir a distância de si.
A criança Tipo Cinco foi ferida quando registrou que a abundância do rio não existia mais. Precisou criar uma barreira para juntar a água escassa, temendo ser invadida e roubada do pouco que tinha. Desenvolve então a Avareza, não aproveita, nem libera para ninguém; seja seus sentimentos ou seus pertences materiais.
A criança Tipo Seis vivia na espontaneidade de seguir a intuição, de fazer o que tinha vontade. Mas foi ferida quando registrou que essa vontade era severamente reprimida. Desenvolve então o Medo, reprimindo suas vontades. Fica paralisada física, mental e emocionalmente.
A criança Tipo Sete era plenamente feliz no aqui e agora, mas em algum momento (geralmente na gestação), sentiu que iria morrer. Registrou então que, estar no aqui e agora trazia o perigo iminente da morte. Desenvolve a Gula como busca do prazer no futuro: “Posso morrer agora, tenho que aproveitar”. Antecipa o prazer futuro e deixa de viver o momento presente.
A criança Tipo Oito confiava em tudo e em todos, mas foi ferida quando se sentiu enganada, injustiçada. Registrou que sua Inocência poderia machucá-la e passa a confiar nas pessoas somente após testá-las. Desenvolve a Luxúria como excesso de força para colocar o outro em cheque.
A criança Tipo Nove dizia o que sentia, na hora oportuna, mas em algum momento registrou que as pessoas não lhe davam atenção e importância, sentiu-se ridicularizada. Desenvolve então a Indolência ou Preguiça, no sentido de inação, esperando sempre o momento certo para se expressar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário