quarta-feira, 29 de maio de 2013

TRECHO DO LIVRO: “ O eneagrama, compreendendo-se a si e aos outros em sua vida” - Helen Palmer


“Por que temos tanto interesse em saber coisas sobre nós mesmos?
Um primeiro motivo é a simples curiosidade: o modo pelo qual mentes e sentimentos funcionam desperta o interesse. Por que vejo esta situação desta maneira precisa? Por que sinto esta emoção quando algumas pessoas sentem outra? Por que meu amigo, com o mesmo conhecimento sobre a situação, se exaspera enquanto eu me deprimo? É interessante pensar nestas coisas a conversar com outras pessoas a respeito.
Um segundo motivo é de ordem prática: há muito sofrimento em nossa vida. Dor física, expectativas frustradas, uma série de aborrecimentos a atrasos de pequena monta, gente que não nos trata devidamente a assim por diante - tudo isso nos faz sofrer. Uma reação comum ao sofrimento é culpar as circunstâncias externas. No entanto, à medida que adquirimos certo conhecimento sobre nós mesmos, aprendemos que, embora haja eventos externos que de fato nos perturbam, nós também criamos grande parte de nosso sofrimento desnecessariamente.
O que existe em minha personalidade que me torna impaciente e freqüentemente me causa sofrimento num mundo que tem um cronograma próprio? Por que meu tipo psicológico me faz superestimar a aprovação alheia, mesmo que, racionalmente, eu saiba que isso não é tão importante assim?
O termo Eneagrama foi apresentado por G. I. Gurdjieff, um pioneiro na adaptação dos ensinamentos espirituais do Oriente para use dos ocidentais contemporâneos. Uma forma geral do Eneagrama era usada em suas preleções a ganhou maior difusão graças ao livro In Search of the Miraculous: Fragments of an Unknowing Teaching (Harcourt, Brace World 1949), escrito por seu discípulo mais famoso, P. D. Ouspenky. Consciente do sofrimento inútil criado pelas falhas em nossa personalidade, Gurdjieff ensinava que cada um de nós tinha uma característica principal que seria o eixo central, em torno do qual giravam os aspectos ilusórios de nossa personalidade. Se pudéssemos conhecer essa característica principal, o trabalho de compreender a de transcender os aspectos ilusórios da personalidade (ou falsa personalidade, conforme Gurdjieff a chamava, uma vez que grande pane dela nos foi imposta quando éramos crianças, em vez de ter sido livremente escolhida por nós) se tornaria muito mais eficiente.

o Eneagrama de personalidade transcende a vida ordinária, discuti as virtudes existenciais e espirituais que poderiam ser desenvolvidas, ao recapturarmos a energia essencial da vida, que estava sendo absorvida por defesas patológicas contra nossa real natureza, é uma de suas principais atrações...”

sexta-feira, 24 de maio de 2013


As constelações familiares individuais estão acontecendo em dois bairros de São Paulo, em espaços terapêuticos:

. Vila Madalena
. Paraíso

Escolha o mais próximo de sua residência se sentir em seu coração que quer se abrir para o auto-conhecimento.

Entre em contato para atingir um grau de consciência e libertação de uma questão que te aflige, te deixa entristecido, magoado, raivoso, sem ação ou que você não está encontrando solução.
O método é muito eficaz para padrões repetitivos em nossas vidas e famílias, nos dá uma visão clara e objetiva de aonde estamos, os papéis que assumimos para nos defender neste mundo, sempre por amor. Numa constelação o foco é descobrirmos quem precisamos honrar e reverenciar para nos desvencilhar dos emaranhados familiares e podermos assim nos libertar e viver a nossa própria história.

Este é o primeiro passo para o caminho do auto-desenvolvimento:
Ter consciência das suas máscaras, das suas defesas, do seu eu-idealizado
E este é o segundo passo:
Renunciar uma a uma...
Não é fácil, mas necessário para sair da mentira, da ilusão, de algo sem energia, que não tem corrente de vida e prazer!!!

“O que Deus quer de todos e de cada um, como o primeiro passo, antes que se possa realizar e dar a outros, é o autodesenvolvimento, a autopurificação e o autoconhecimento. É o ato de rasgar as máscaras, de rasgar todas as autoilusões a respeito de si mesmo e dos motivos exteriores.” Pathwork® - Trecho da palestra nº017.




terça-feira, 14 de maio de 2013

Tipologia Humana: O que o Eneagrama nos mostra




Todos nós, adultos, temos uma visão de mundo, de acordo com os nossos óculos e as cores de suas lentes. Ao se conhecer o Eneagrama nós percebemos que além da nossa visão de mundo existem mais outras oito! 
Cada um de nós já nasce com uma "raiz", com uma tendência a seguir determinados padrões. A criança, vai crescendo e vai adaptando o estilo de educação, de vivência que tem com os seus parentais (pessoas que convivem junto com ela) à sua própria tendência, à sua predisponibilidade, que já existe. Então, esta predisposição seria a "paixão" ou o "vício psicológico", ou como chamava Gurdjieff: "defeito" ou "traço principal" que fica claro na primeira infância e se fixa na segunda infância e adolescência, por uma lógica infantil, por algo cognitivo que fixa, no sentido freudiano da palavra. 
Todos nós temos fixações oriundas de certas etapas da vida, em função de certos acontecimentos, geralmente traumáticos e repetitivos, que fazem desencadear reações típicas e recorrentes como se fosse uma segunda natureza da pessoa. Este "defeito", ou "traço principal" seria a viga central, a viga mestra da personalidade que sustenta o casarão do Ego. Pois bem, se nós entendermos a personalidade como uma árvore com seus galhos, ramos e folhas, podemos intuir que é possível mudar os ramos, as folhas, enrolar os caules quando jovens e fazer até esculturas com os seus ramos e folhas. Não podemos, entretanto, mudar a sua raiz que é a essência da árvore e que envia a seiva específica para o caule, ramos e folhas. O que nos resta fazer?
Metaforicamente, precisamos dissolver, diluir aquelas partes da raiz que esta produzindo uma seiva inadequada. Certo? Então, quanto antes agirmos junto à raiz impedindo que ela produza e envie uma seiva inadequada, melhor, é claro. E é ai que o Eneagrama entra, fornecendo as ferramentas necessárias e adequadas para realizar este trabalho, a ferramenta pode proporcionar a forma adequada para se conhecer!

Os 9 tipos de personalidade do eneagrama

Tipo 1: O "eu" que ordena

"...A moralidade interior,essa sim é a sua meta...Quanto à moralidade exterior, é diferente em toda parte..." G.I.Gurdjieff
Perfil  ordenado, sistemático,disciplinado, organizado.• Rotinas, ordem, limpeza, senso estético e pulcritude são sua “marca registrada”.• Dão importância ao território pessoal: “minha mesa de trabalho, minha ordem”.
Tipo 2: O "eu" que ama
"Há duas espécies de amor.Um é o amor escravo. O outro deve ser adquirido pelo trabalho sobre si. O primeiro não tem valor algum, só o segundo tem valor". G.I.Gurdjieff
Perfil  ordenado, sistemático,disciplinado, organizado.• Rotinas, ordem, limpeza, senso estético são sua “marca registrada”.• Dão importância ao território pessoal: “minha mesa de trabalho, minha ordem”.
Tipo 3: O "eu" que compete
"...Não é extranho que fechem os olhos, com tão tola complacência, ao que realmente são, e passem a vida na agradável convicção de que representam algo valioso? Esquecem de ver o vazio insuportável por trás da soberbia fachada criada por seu autoengano e não se dão conta de que essa fachada só tem um valor puramente convencional." G.I.Gurdjieff
Eficientes, focados no trabalho, competitivos, desejam sucesso.• Comunicativos, gostam de serem reconhecidos e admirados pelo que fazem.• Se identificam totalmente com os seus trabalhos e papeis  e querem se destacar socialmente.• Evitam conflitos, são diplomáticos e trabalham bem em equipe.
Tipo 4: O "eu" que idealiza
" Existem duas classes de sofrimento:consciente e inconsciente.Somente um tolo sofre inconscientemente." G.I.Gurdjieff
Sensíveis, românticos e idealistas, buscam constantemente serem compreendidos e notados pelo seu diferencial.• Possuem o perfil ideal para trabalhos humanitários e para a organização de tarefas em prol de alguma causa social.
Tipo 5 : O "eu" que pensa
"...Eis a razão pela qual, na presença daqueles seres que tão somente possuem a razão do saber, tudo quanto acabam de aprender deposita-se e fica para sempre num estado de simples informação da qual eles não tomam consciência alguma com o seu ser." G.I.Gurdjieff
Racionais, metódicos, sistemáticos e objetivos, precisam de certo isolamento para se sentir seguros.• Comportamento introvertido, valorizam a lógica e o conhecimento acima de tudo.• Evitam o contato direto em situações que envolvem manifestações emocionais, já que, tem dificuldades para expressar  sentimentos.
Tipo 6: O "eu" que imagina
"...As pessoas não suspeitam até que ponto estão em poder do medo...." G.I.Gurdjieff
Precavidos, cautelosos, cooperativos• Precisam de ambientes que garantem segurança e apoio.• Gostam de trabalhar em equipe.• Evitam situações desconhecidas, às vezes se estressam por razões imaginárias e podem manifestar medos infundados.
Tipo 7: O "eu" que projeta
"Façam a si mesmos a pergunta: São livres? Muitos serão tentados a responder que sim..." G.I.Gurdjieff
Procuram realizar suas atividades de formas prazerosas.São criativos.• Gostam de trabalhar livres de pressão e rotinas.• Evitam situações que possam cercear sua liberdade de ação• Aceitam imprevistos e desafios que provoquem sua capacidade de inventar e inovar.Trabalham bem em equipes cuja liderança é participativa e de troca.
Tipo 8: O "eu" que confronta
"Lembre-se de que você veio aqui, porque comprendeu a necessidade de lutar contra si mesmo e unicamente contra si mesmo. Agradeça, por tanto, a quem lhe proporcionar a ocasião para isso." G.I.Gurdjieff
Empreendedores,desbravadores, perseverantes, ativos, gostam de realizar.• Possuem uma natural inclinação a liderança.• Evitam situações que impedem a manifestação do fazer, não gostam de burocracia, nem de demoras o que os torna impulsivos e/ou agressivos em algumas ocasiões.
Tipo 9: O "eu" que espera
"Aquele que tiver se libertado da "doença  do amanhã" terá uma chance de obter o que veio procurar aqui". G.I.Gurdjieff
Pacientes, diplomáticos, perseverantes e calmos, bons de papo, amistosos.• Gostam de se relacionar e participar de grupos.• Evitam situações de conflitos, atritos e brigas. • Preferem abrir mão das suas necessidades em favor dos outros.
    
    ÉTICA DO ENEAGRAMA
    ( Stanford University ) 

1.       Conheça a si próprio primeiro.

2.       Desenvolva a aceitação e compaixão pelas diferenças entre pessoas.

3.       Ajude os outros a descobrirem o seu Tipo; não lhes diga qual Tipo eles são.

4.       Quando outro Tipo disparar uma reação negativa, olhe para o seu próprio Tipo, tentando encontrar a chave (compulsão). Assuma que a questão é com você.

5.       Não estereotipe, não assuma que somente certos Tipos são adequados para certas posições no mundo do trabalho, ou que outros nunca poderiam fazer isso ou aquilo. Lembre-se que o Padrão de Comportamento não é tudo que somos e sim algo a ser amadurecido.

6.       Esteja pronto para abrir seu coração para cada Tipo...., não sua mente crítica.

7.       O Eneagrama não é um jogo de psicologia-pop. É uma realidade sobre a natureza humana. Trate-o com respeito e cuidado.

8.       O melhor uso desse modelo de personalidade é começar a se libertar das limitações de seu padrão de comportamento... ir além dele, para sua natureza superior.

9.       Lembre-se, não existe Tipo 10.


sábado, 11 de maio de 2013

Constelações Familiares Sistêmicas e o fluxo da vida

É um método terapêutico que permite tornar visível o que está oculto nos relacionamentos familiares, sendo uma ferramenta muito eficaz na abordagem dos problemas enfrentados pela família.
Nesta terapia em grupo ou individual tenta-se chegar à raiz de alguns dos problemas através duma abordagem fenomenológica, procurando entender-se onde houve uma quebra no fluxo do amor, seja nas relações com o (a) companheiro (a) ou com os membros da família.
Nos ajuda a compreender onde o fluxo da vida foi interrompido, as provas pelas quais o amor passa e que na verdade não há culpados, só muitas vezes seguimos um destino sob influência dos acontecimentos da nossa família de origem, destino este que nos prende e ao qual somos fiéis.
No entanto, é possível desvincular-se destes destinos: quando vem a luz que o destino que seguimos não é nosso. Podemos sentir internamente que  algo semelhante também pode determinar as nossas vidas e destinos, assim como as dos nossos parceiros ou filhos. Tanto maior é o alívio quando experimentamos como esses destinos mudam para melhor.
Todos possuímos imagens interiores da nossa família. Estas imagens impõem-nos, duma forma inconsciente, os seus laços sutis, seja no modo como nos relacionamos conosco próprios, seja no modo como nos relacionamos com aqueles que nos rodeiam, fazendo que surja em nossas vidas situações por vezes problemáticas causadoras de sofrimento que, em última instância, originam doenças ou comportamentos doentios e padrões repetitivos, os quais aparentemente não têm uma explicação racional.
O objetivo da terapia das Constelações Familiares Sistêmicas é localizar onde o amor deixou de fluir e, de forma vivencial e profunda, trazer luz à essa quebra, se possível, ajudar a que volte a fluir. Quando isto sucede-se podem acontecer surpresas nos problemas atuais, ou seja, a sua cura.
No fim da terapia, através do restabelecimento da ordem na família, a energia começa a fluir de novo. O cliente não deve fazer nada além de se colocar a disposição para “ver” o que acontece em seu sistema.
Bert Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da sensação de “consciência leve” e “consciência pesada”, e propôs uma “consciência de clã” (por ele também chamada de “alma”- no sentido de algo que dá movimento , que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas simples, que ele denominou de “ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros membros do grupo familiar.

Essas ordens do amor referem-se a três princípios norteadores:

. A necessidade de pertencer, todos de um mesmo sistema fazem parte, ninguém pode ser excluído.
. A necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos.
. A necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã (pais doam e filhos recebem).
As ordens do amor são forças dinâmicas e articuladas que atuam em nossas famílias ou relacionamentos íntimos. Percebemos a desordem dessas forças sob a forma de sofrimento e doença. Em contrapartida, percebemos seu fluxo harmonioso como uma sensação de estar bem no mundo.
Questões que podem ser Consteladas:
- Conflitos familiares (pai, mãe, filhos, irmãos, casais);
- Padrões ou hábitos que se repetem por gerações;
- Transição de fases da vida (mudança de cidade, emprego, divórcio);
- Dificuldade e falta de aceitação em lidar com MORTES;
- Tragédias na família (acidentes, suicídio, assassinatos, abortos)
- Medos, Depressões, Ansiedades, Fobias, Autismo;
- Comportamentos destrutivos e envolvimento com drogas/álcool (vícios em geral);
- Dificuldade em encontrar soluções ou respostas para doenças;
- Conflitos entre sócios, funcionários e clientes;
- Problemas financeiros e questões ligadas à herança;
- Dificuldades em realizar-se profissionalmente, entre outros.

A força de vivenciar uma questão e abordar sua raiz familiar têm trazido mudanças significativas para seus participantes, além de torná-los conscientes de toda a história de seu sistema familiar, fazê-lo compreender e sentir gratidão e respeito sincero por um ancestral e se auto-conhecer.
Se você sente que chegou a hora de abrir o seu coração e a sua alma para a plenitude da vida e dar andamento em sua história com liberdade, amor, fluidez, entre em contato. A Constelação Familiar Sistêmica pode trazer luz, perdão, misericórdia a qualquer questão que exista em sua vida, seja ela de conflito, confusão, perda, medo, dependências, etc!