“Por que temos tanto interesse em
saber coisas sobre nós mesmos?
Um primeiro motivo é a simples
curiosidade: o modo pelo qual mentes e sentimentos funcionam desperta o
interesse. Por que vejo esta situação desta maneira precisa? Por que sinto esta
emoção quando algumas pessoas sentem outra? Por que meu amigo, com o mesmo
conhecimento sobre a situação, se exaspera enquanto eu me deprimo? É
interessante pensar nestas coisas a conversar com outras pessoas a respeito.
Um segundo motivo é de ordem prática: há muito sofrimento em nossa
vida. Dor física, expectativas frustradas, uma série de aborrecimentos a
atrasos de pequena monta, gente que não nos trata devidamente a assim por
diante - tudo isso nos faz sofrer. Uma reação comum ao sofrimento é culpar as
circunstâncias externas. No entanto, à medida que adquirimos certo conhecimento
sobre nós mesmos, aprendemos que, embora haja eventos externos que de fato nos
perturbam, nós também criamos grande parte de nosso sofrimento
desnecessariamente.
O que existe em minha personalidade que me torna impaciente e
freqüentemente me causa sofrimento num mundo que tem um cronograma próprio? Por
que meu tipo psicológico me faz superestimar a aprovação alheia, mesmo que,
racionalmente, eu saiba que isso não é tão importante assim?
O termo Eneagrama foi apresentado por G. I. Gurdjieff, um
pioneiro na adaptação dos ensinamentos espirituais do Oriente para use dos
ocidentais contemporâneos. Uma forma geral do Eneagrama era usada em suas
preleções a ganhou maior difusão graças ao livro In Search of the Miraculous:
Fragments of an Unknowing Teaching (Harcourt, Brace World 1949), escrito por
seu discípulo mais famoso, P. D. Ouspenky. Consciente do sofrimento inútil
criado pelas falhas em nossa personalidade, Gurdjieff ensinava que cada um de
nós tinha uma característica principal que seria o eixo central, em torno do
qual giravam os aspectos ilusórios de nossa personalidade. Se pudéssemos
conhecer essa característica principal, o trabalho de compreender a de
transcender os aspectos ilusórios da personalidade (ou falsa personalidade,
conforme Gurdjieff a chamava, uma vez que grande pane dela nos foi imposta quando
éramos crianças, em vez de ter sido livremente escolhida por nós) se tornaria
muito mais eficiente.
o Eneagrama de personalidade transcende a vida ordinária, discuti
as virtudes existenciais e espirituais que poderiam ser desenvolvidas, ao
recapturarmos a energia essencial da vida, que estava sendo absorvida por
defesas patológicas contra nossa real natureza, é uma de suas principais
atrações...”
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