quinta-feira, 3 de setembro de 2015

GRUPO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR NA VILA MADALENA 10/SETEMBRO/2015



O que é a Constelação Familiar: uma técnica que permite tornar visível o que está oculto em nossa família de origem, ensina a integrar e compreender internamente fatos e sentimentos que ainda nos impede de seguirmos a vida adiante com tranquilidade e leveza. Trata-se portanto, de um método terapêutico que está a serviço da reconciliação. 

A quem se destina: a todas aquelas pessoas que querem trabalhar suas relações, padrões destrutivos, dificuldades financeiras, problemas de saúde, luto, etc.

A Constelação Familiar
no dia 10 de setembro, quinta-feira, das 19:30 às 22h na Rua Madalena, 266.
Será possível 1 pessoa constelar uma questão na data, por isso é necessário que preencha o formulário abaixo para eu saber quem apenas participará e quem tem interesse em constelar. Para aqueles que querem constelar, será necessário preencher um questionário com no mínimo 24 horas de antecedência do trabalho, o mesmo será enviado via e-mail assim que os constelados confirmarem a participação.

Valor de Participação: R$ 40,00
Valor para quem Constelar/trabalhar uma questão: R$300


Inscrições pelo link: http://goo.gl/forms/HRZCQ2t31Y

Seja bem vindo!!!

terça-feira, 21 de julho de 2015

A transformação através da Constelação Familiar


Todo trabalho terapêutico converge para a transformação de crenças distorcidas que nascem na relação com pai e mãe,
Acelere seu processo vivenciado Constelações Familiares com facilitadores certificados.


Informações: laraterapeuta2012@gmail.com



quinta-feira, 2 de julho de 2015

CONSTELAÇÃO FAMILIAR EM GRUPO DIA 18 DE JULHO







Acontecerá um grupo de constelação Familiar na Casa NaUnidade no próximo dia 18, sábado, das 15 às 18h.
Vou trabalhar questões de 2 pessoas, ou seja, 2 pessoas vão constelar.
As vagas para representantes/participantes são limitadas. A sala para a Constelação comporta apenas 12 pessoas.
FAÇA SUA INSCRIÇÃO!!!
É com muita alegria que anuncio que estes grupos acontecerão a cada quinze dias na Casa NaUnidade - Oneness Center. O grupo de Constelação no dia da Inauguração deste lugar abençoado foi maravilhoso e um sucesso.
Aproveito para agradecer a todos que lá estiveram e convido os que não tiveram a oportunidade e possibilidade de estarem presentes para conhecer ou relembrar a força, beleza e harmonia deste trabalho tão intenso e libertador.
Inscrições por e-mail:
laraterapeuta2012@gmail.com
ou pelo link:
Gratidão e até breve.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

CONSTELAÇÃO FAMILIAR EM GRUPO com Larissa Zimmermann

Data: 13/junho
Das 13 às 17h
Rua Madalena, 266, Vila Madalena - São Paulo SP


GRUPO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR!
No sistema em que algum membro seja esquecido ou menosprezado se desenvolvem identificações ou implicações sistêmicas, inconscientes, que podem causar os chamados transtornos psíquicos, doenças, condutas conflitivas ou a incapacidade de avançar e ter sucesso na vida. Obstáculos e comportamentos que se apresentam sem que a situação atual da pessoa seja suficiente para explicá-los podem ser causa de acontecimentos remotos ocorridos na família de origem, vivências de seus pais e antepassados mais antigos.
A constelação familiar é um método de ajuda a serviço da reconciliação. Quando o lugar de cada membro do sistema é restituído e respeitado, na sua particularidade e destino, recupera-se então a ordem e o equilíbrio. Dessa forma cada integrante conta com a força plena para viver e o amor entre eles pode fluir livremente.

O grupo é para que cada uma das pessoas consteladas (que levarem uma questão para ser trabalhada) e participantes possam sentir em seus corações a força e o poder que tem a inclusão e a ordem na família de origem. A Constelação Familiar é uma ferramenta para que o amor flua em nosso sistema e em nossa vida.

Maiores informações: (11) 9 9852-9506 ou laraterapeuta2012@gmail.com
Garanta já sua vaga!!! Inscreva-se no link abaixo:
http://goo.gl/forms/DQw8MXKe2h



terça-feira, 26 de maio de 2015

OS CONFLITOS NO RELACIONAMENTO AFETIVOS SEGUNDO A CONSTELAÇÃO FAMILIAR

Artigo especial para o Dia dos Namorados  

O anseio da alma e a atração por uma imagem interna é o que leva um homem e uma mulher a se apaixonarem. O que significa: eu não vejo o outro.
Esta imagem e este anseio destinam-se completamente à mãe. A mãe é o início do amor, o nosso primeiro amor. Sendo assim, o amor à primeira vista é, em princípio, o anseio pela fusão com a mãe. Isto é válido tanto para o homem quanto para a mulher.
No entanto, o verdadeiro amor, que permanece vivo e que quer a vida é diferente. Esse amor vê o outro como ele(a) é, totalmente diferente da própria mãe. Esse amor vê que o outro é inconfundível e que não se pode e nem deve mudá-lo.
Na medida em que me posiciono perante o outro dessa maneira e o vejo assim, reconheço também a mim mesmo como alguém inconfundível e único. Neste novo ciclo de percepção, também permito que o outro me enxergue como alguém diferente. Quando nos olhamos dessa forma permanecemos como somos. Reconhecemos que somos diferentes, que viemos de famílias distintas e que temos destinos diferentes. Concordar com o outro nestas condições fortalece e, ainda assim, ao mesmo tempo significa uma renúncia. Através dessa renúncia estabelece-se a paz entre os dois.
A paz aqui significa que algo que estava oposto se une em função de algo maior. Conflitos de resolvem quase sempre na medida em que nos desprendemos do anseio original pela mãe. É por isso que, através de tais conflitos, tornamo-nos mais humildes e também mais maduros e, por fim, mais indulgentes e suaves.
Você consegue identificar a sua busca ansiosa e desesperada pelo amor da mamãe? Quais foram as faltas, dores e carências que viveu em relação a ela?
Para que seja possível se desidentificar desse anseio pela mãe é necessário averiguar quais são os problemas e bloqueios que há em nossa família de origem.
Nas constelações familiares é possível restabelecer a ordem. Se estivermos conscientes das leis do amor e soubermos o que pode interferir no amor muitas vezes é mais fácil compreendermos que ninguém agiu com má intenção e que ninguém é culpado. O que acontece é que muitas vezes estamos emaranhados.


Por Larissa Zimmermann.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

ADOÇÃO: SOB A VISÃO DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR




Uma questão que veio à tona no primeiro módulo do nosso Curso de Formação em Constelações Sistêmicas foi a questão da adoção. Como se vê a adoção nas Constelações? Porque a criança/pessoa adotada necessita reconhecer os pais biológicos?
Qual o nível de interação da criança com seus pais adotivos? A adoção é uma questão polêmica e são muitas dúvidas que envolvem esse tema. Resolvemos então comentar um pouco mais.
Na constelação trabalhamos com três níveis de consciência: a consciência pessoal, a consciência sistêmica/coletiva e a consciência espiritual. Fazendo uma analogia, podemos pensar em três níveis de vínculo: o vínculo pessoal, o vínculo sistêmico e o vínculo espiritual.
No nível do vínculo pessoal a criança adotada, tem um vínculo maior com os pais adotivos, pois a criança está sendo cuidada pelos seus novos pais. Podemos também chamar esse vínculo de psicológico. Psicologicamente essa criança está mais conectada com os pais adotivos.
Percebemos porém que em um nível sistêmico a criança adotada está mais fortemente ligada aos seus pais biológicos, mesmo que não os tenha conhecido. Se observarmos uma constelação onde colocamos a criança junto com seus pais biológicos e os adotivos, essa criança mostra um forte vínculo com seus pais biológicos. Esse vínculo é tão forte que a criança pode até mesmo repetir o destino desses últimos. Podemos dizer que os filhos adotados são leais ao seu sistema de origem.
As observações mostram que os problemas com os filhos adotados, principalmente as adoções que são mantidas em segredo, inicia-se no final da adolescência. A solução para a família que adotou passa pelo reconhecimento dos pais biológicos, colocando-os no seu coração e olhando-os com amor, sem julgamento e sem críticas à sua conduta. Os filhos adotivos dessa forma se tranquilizam e aceitam sem revolta o amor e os cuidados dos pais adotivos.
Outro exemplo que mostra a força do vínculo sistêmico é o aborto. Em muitas constelações quando olhamos para os pais e seu filho abortado, vemos que mesmo não tendo participado da vida dos pais fora do útero, esse filho se vincula profundamente a seus pais. Podendo o aborto gerar diversos problemas e conflitos, inclusive a separação do casal.
No terceiro nível, o espiritual, a criança está além dos vínculos, além da família. Ela pode escolher seu próprio caminho. E esse caminho passa pelo reconhecimento e agradecimento à família que lhe acolheu – os pais adotivos, bem como um reconhecimento e um agradecimento, talvez ainda mais profundo, aos pais que lhe deram a vida. Ela então, está livre para seguir seu caminho individual e buscar a sua felicidade e realização.

Texto: Guilherme Ashara

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Fenomenologia das Constelações Familiares

                                                

“Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: Infinito”  - William Blake

A abordagem da Constelação Familiar é Fenomenológica. A Fenomenologia é uma área da filosofia Humanista, de tradição alemã e tem como precursor, Edmund Husserl. Este filósofo se interessou muito pela psicologia e estudando a psicologia nascente foi também a criticando como ciência. A psicologia nasceu como ciência que tem como objeto de estudo a Consciência (memória, aprendizagem, atenção, etc.). A ciência elege um objeto de estudo, que parte, divide, se espreita, vai fragmentando para delimitar este objeto. Ao contrário, a Fenomenologia traz uma proposta do ser humano como ele se apresenta, sem interpretações, sem uma teoria à priori. Ela vai criticar toda ciência reducionista aplicada ao homem, não dando interpretação ao que acontece, apenas esperando o que surgir do “campo”.

A Fenomenologia é então o que se revela, é o que se mostra, é um princípio de transparência onde o observador e o observado são um só, não estão separados. Cabe então, ao terapeuta ficar atento ao que o ”campo” revela para ele, “campo” este criado na Constelação Familiar, com o objetivo de perceber o fenômeno, nos abrindo para uma percepção maior. Isto pode ser mostrado através de um gesto, de um olhar, de uma palavra e o terapeuta então, percebe o que acontece naquele sistema familiar muitas vezes revelado pelo próprio “campo” e não com o que é verbalizado pelo cliente.
Segundo Heiddeger (Filósofo alemão), “o artista revela a escultura que se encontra ali, na técnica”. Percebemos então que já estava ali, pois se revela, se mostra. Então o importante é o terapeuta se colocar disponível para o fenômeno surgir por ele mesmo.
Revelar-se = deixar o véu = desocultar (do grego = aletheia = revelar).
Fatos são histórias, são narrações e na fenomenologia você não está fora, você está implicado, junto, fazendo parte, influenciado com o que aparece, e não um observador neutro. Por isso para a Constelação não é importante uma explicação do que acontece ali, e sim uma compreensão, captada através de um sentido mais amplo, que chamamos de insight (percepção ampliada). É um aprendizado significativo dos sentidos, numa compreensão vivencial onde trabalhamos a experiência do existir.
A fenomenologia é contemplativa, quebra paradigmas, pois é a quebra do mundo sedimentado, quebra da certeza do conhecido. Aguardamos , ampliamos nossas percepções e a verdade surge, aparece se revelando através do “campo”.Voce então, se vê de uma maneira diferente . O que se faz não é um diagnóstico, e sim a revelação que ela tem com a vida. Ela vai se apropriar da revelação que ela tem com a vida, aí ela pode se transformar.
Para entendermos melhor o significado de “campo”, utilizamos as concepções de Rupert Sheldrake, onde ele afirma que algumas capacidades humanas não são paranormais, mas sim capacidades que qualquer ser humano, que faz parte de nossa natureza biológica. Segundo Sheldrake, essas capacidades são amplamente  difundidas em todo o reino animal. Fomos nós que com o tempo fomos perdendo e esquecendo estas capacidades que a evolução nos legou.
“Os campos perceptivos constituem uma espécie de campo mórfico. Estes campos perceptivos têm sua raiz no cérebro e são afetados pelos padrões de atividade dentro do cérebro, mas se projetam para fora de modo a nos ligar ao mundo que percebemos ao nosso redor”  ( Rupert Sheldrake).

Na Constelação Familiar nos abrimos através de uma percepção ampliada, para que o “campo” do cliente, nos mostra, se revele, o que era antes desconhecido. Este “campo”é o campo energético do sistema familiar dele, sistema este que pode ser o atual ou o de origem, contando aí, toda a ancestralidade da pessoa. Por isso , muitas vezes através de uma Constelação podemos perceber segredos de família tais como casos de adoção em que a pessoa não sabia, abortos escondidos, filhos bastardos de um dos progenitores ou outro ancestral. Porque coisas que antes estavam ocultas surgem na Constelação para clarear e tornar verdadeiro o que estava escondido.
Todos os segredos são nocivos, nada que aconteceu em alguma geração de nosso sistema familiar fica impune. Alguém um dia irá pagar um preço por isso e como sempre a corda arrebenta na parte mais fraca, as crianças, elas acabam levando toda carga negativa do que estava escondido.
Por isso o cliente que vai fazer uma Constelação não precisa trazer muita história, muita “tagarelice” de sua vida. Basta o terapeuta entrar em sintonia com ele, observar o que vai além das palavras e deixar o “campo” revelar o que precisa ser anunciado para a verdade aparecer e o quebra cabeças ser montado e aí a solução é encontrada.
A solução é o resultado final de uma Constelação. O que é necessário para a saúde se restabelecer.


Celma Nunes Villa Verde (Terapeuta e professora de Formação de Constelação Familiar- 21 99520912, 21 26194675).
Este texto foi escrito a partir da aula de Elizabeth da Costa Ribeiro, professora de Fenomenologia do curso de Formação de Constelação Familiar juntamente com Celma.


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Constelação Familiar no Atendimento Individual




A Constelação Familiar é uma técnica criada por Bert Hellinger (psicoterapeuta alemão), onde se cria “esculturas vivas” reconstruindo a árvore genealógica, o que permite localizar e remover bloqueios do fluxo amoroso de qualquer geração ou membro da família.

Muitas das dificuldades pessoais, assim como problemas de relacionamento são resultados de confusões nos sistemas familiares. Esta confusão ocorre quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa viva ou que já viveu no passado, de nossa própria família sem estar consciente disto e sem querer. Isto nos faz repetir o destino dos membros familiares que foram excluídos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles.

Durante o decurso de uma Constelação, é permitido ao terapeuta ter uma perspectiva sobre as diferentes dinâmicas que atuam no sistema familiar do cliente, orientando o processo e testando cada dinâmica quanto ao seu significado. A fim de avaliar este processo, o terapeuta pode sugerir ao cliente vivenciar a técnica numa sessão individual.

O atendimento individual de Constelação familiar passa a ser uma ferramenta muito rica e dinâmica para o terapeuta sistêmico, já que mostra uma imagem clara de determinada circunstância da vida do cliente, permitindo ser trabalhada de várias formas diferentes.  Com base na imagem que aparece, o terapeuta pode escolher, naquele momento, dar continuidade e trabalhar a Constelação propriamente dita, ou pode optar , depois de ver a imagem, trabalhá-la de outras formas,  utilizando outras técnicas que naquele momento  e circunstância lhes parecer mais conveniente.

A sessão individual pode ser efetuada também de duas formas diferentes. A primeira, com “bonecos” servindo de representantes dos familiares do cliente, ou com  “arte terapia”, onde o cliente participa mais ativamente do processo, pois entra no lugar dos seus próprios familiares, percebendo cada situação.

Os passos de uma sessão individual não diferem muito do procedimento realizado na Constelação em grupo. Inicialmente o cliente chega ao nosso consultório, esclarecendo porque veio e quem o indicou. Já desde o início, a atenção se volta para duas perspectivas, o problema e a solução desejada. A descrição do problema abrange os sintomas, incluindo tudo que enfraquece o cliente e o que ele não deseja manter. A solução envolve os recursos do cliente e o que o fortalece.

Nesta fase pergunto ao cliente o que ele conhece sobre o trabalho de Constelação Familiar, a fim de saber em que nível devo começar ou que informações ainda preciso para começar o trabalho. Na maior parte das vezes, os clientes, que não são os seus de psicoterapia, vêm indicados por outras pessoas e pouco ou nada sabem sobre o trabalho. Neste caso, eu os introduzo brevemente nos pensamentos básicos que orientam o trabalho. Muitas vezes temos que orientar o cliente quanto ao contexto de uma sessão de Constelação, por ser uma abordagem nova de terapia e por possuir uma forma mais abreviada, exigirá do cliente uma mudança de atitude ou de paradigmas, fazendo-o ter uma visão mais ampliada de sua história.

O próximo passo é mostrar a estrutura da Constelação, pedindo ao cliente que coloque os personagens de sua trama familiar. Neste caso, o terapeuta pode escolher, naquele momento, trabalhar com “bonecos” ou “arte terapia”, de acordo com o que achar mais conveniente para a situação.  A cada imagem formada, o cliente pode fechar os olhos e imaginá-la em sua mente, entrando assim naquela sensação e assim dando informações significativas e indicando caminhos.

Quando encontramos os bloqueios dentro daquela “trama”, utilizamos as frases de solução para a harmonização daquela situação, frases estas que na maior parte das vezes é repetida pelo próprio cliente.

Muitas vezes o terapeuta pode entrar na representação de um dos familiares dentro daquela Constelação, caso o trabalho esteja sendo feito com “papéis no chão”, interagindo com o cliente, encontrando assim a solução final.

Encerrada a sessão, o procedimento é o mesmo que na Constelação em grupo. Damos o tempo necessário para que àquela situação trabalhada encontre fortalecimento e paz para o cliente.
Texto: Celma Nunes.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Sabedoria - O papel do terapeuta de Constelação Familiar




“...O sábio concorda com o mundo tal como é,
Sem temor e sem intenção.
Está reconciliado com a efemeridade
E não almeja além daquilo que se dissipa com a morte.
Conserva a orientação, porque está em harmonia,
E somente interfere o quanto a corrente da vida o exige.
Pode diferenciar entre:
É possível ou não, porque não tem intenções.
A sabedoria é o fruto de uma longa disciplina e exercício,
Mas aquele que a possui, a possui sem esforço.
Ela está sempre no caminho e chega à meta,
Não porque procura,
Mas porque cresce...” Bert Hellinger

Como Ajudar? O papel do terapeuta de Constelação Familiar

Constelação Familiar é uma terapia breve criada pelo alemão Bert Hellinger nos anos 70. Esta técnica revolucionou o trabalho da psicoterapia. Ela se faz em apenas uma sessão, onde o cliente escolhe um tema a ser “trabalhado” e o terapeuta (Ajudante) através dos “representantes” (pessoas aleatórias que estão no grupo) monta o sistema familiar ancestral do cliente. Neste campo (onde é estabelecida a Constelação) observamos onde estão os “bloqueios” que estão impedindo o cliente a fluir. Os bloqueios sempre aparecem onde percebemos excluídos naquele sistema familiar.  Entendemos como excluídos, pessoas que por um motivo ou por outro estão à margem deste sistema.

Ajudar é uma arte que pode ser aprendida. Também faz parte dela uma sensibilidade para compreender aquele que procura ajuda, portanto a compreensão daquilo que lhe é adequado, daquilo que se ergue acima dele (o cliente) mesmo, para algo mais abrangente. Muitas vezes a solução de uma Constelação, e o processo de ajuda do terapeuta está na sabedoria de perceber o que é melhor e o que a “alma” está precisando ou necessitando como experiência.
Esta técnica serve à alma e não ao ego. Na maioria das vezes o que o cliente busca é muito mais profundo do que ele fala e pede. Na verdade, o terapeuta precisa aprender a desenvolver habilidades para conseguir entrar no campo da Constelação e ver e dar o que de fato àquela alma necessita.
Estas habilidades são descritas como:
Observação, percepção, compreensão, intuição e sintonia.
Observação: Olhar além do que está vendo, ver detalhes de forma aguçada e exata, onde nada escapa.
Percepção: Ela é distanciada do objeto de observação. Percebemos simultaneamente os detalhes e o conjunto. O terapeuta deve estar dentro do campo mas não envolvido com ele.
Compreensão: A compreensão necessita da observação e da percepção. Compreensão é entender não com a mente mas com a alma, com a essência, sem julgamento podemos mergulhar no essencial para o cliente.
Intuição: É quando nos abrimos para além da compreensão. É muitas vezes o que nos conduz para o próximo passo.
Sintonia: Ela é um nível de vibração, onde eu me “afino” com a vibração do cliente, e com tudo que vem dele, principalmente sua ancestralidade.

Para que aconteça o desenvolvimento de uma Constelação Familiar, o terapeuta além de necessitar se abrir para o desenvolvimento dessas habilidades descritas acima, ele deve respeitar ordens que o Bert Hellinger acredita que seja a base para o terapeuta de Constelação, o que ele denominou ordens da ajuda.
Ordens da ajuda são, portanto, leis ou princípios que devem presidir nossos comportamentos como terapeutas. São elas:
1º ordem: Dar apenas o que temos – Tomar aquilo que somente  necessitamos. Não agir – Mostrar o que está ali.
2º ordem: Só ajudar quando o cliente permitir.
3º ordem: Se colocar no lugar de terapeuta e nunca dos pais do cliente. Dar aos pais do cliente, portanto, um lugar de respeito.
4º ordem: Não olhar só para o cliente, mas sim para todos, daquele sistema. O cliente não deve ser visto com um ser isolado.
5º ordem: Estar a serviço da reconciliação – Sobretudo com os pais.

Para isto o terapeuta necessita principalmente de romper com preconceitos, julgamentos, conceitos conhecidos e pré determinados, indignação moral em todos os níveis e condenação.
Isso faz você estar capacitado não só, para ser um terapeuta de Constelação para a ajuda, mas antes de tudo, um ser humano mais capacitado para a vida.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

SUCESSO NA PROFISSÃO



Muitas pessoas tem dificuldades em obter o tão sonhado sucesso na profissão.

Esforçam-se e fazem muitos cursos, capacitam-se, dedicam horas a fio ao trabalho, mas ao final ficam frustradas. O sucesso não vem.
Onde estaria então a raiz do sucesso na profissão e no trabalho? É claro que uma resposta simplista a essa questão não faz jus à complexidade desse tema tão amplo. Mas podemos observar que embora não haja uma resposta simples, há com certeza passos comuns que precisam ser dados a fim de que o sucesso seja alcançado.
Bert Hellinger observou após anos de trabalho com as Constelações Familiares que o passo básico para todo e qualquer sucesso é sobretudo o grau de conexão com nossa mãe. Vale dizer, quem está conectado com a mãe já deu um passo fundamental, o passo básico para o sucesso. Quem ainda não o fez, carece de algo que não pode ser suprido por outras fontes.
E o que é essa conexão com a mãe? Como podemos saber se alguém está ou não bem conectado a ela? Bem, pode-se ver que esta pessoa está “cheia”. Ela tem pouco a exigir e muito a dar. Alegra-se com o que recebe e serve a outros com alegria. É uma fonte de inspiração para os outros. Pois a mãe é, antes de mais nada, o modelo básico da relação de servir a outros. É ela quem serve na família, e o faz com desvelo e ternura.
Se aprendemos essa postura básica, então estaremos aptos a servir também outros com alegria. Pois todo trabalho é serviço a outros. E o sucesso deriva da pressão produzida nos demais em retribuir o que damos a eles na forma de nosso servir. Assim, um passo fundamental na escalada ao sucesso parte da revisão da relação como nossa mãe.

O que vem a ser tal revisão? Consiste em tomá-la em nosso coração tal como ela é, com amor, sem queixas, exigências, temores, recriminações, acusações ou reclamações. Consiste em concordar que ela é também uma mulher comum, imperfeita, e portanto sujeita a erros, e mesmo assim, nossa mãe. Para isso, precisamos primeiro desistir de ser uma pessoa especial e concordarmos em ser uma pessoa comum, pois como pode alguém especial ser filho de pessoas comuns? Ser efetivamente capaz de assumir uma postura de total gratidão a ela é a base do sucesso. Esse é o primeiro curso de ação, a base de tudo o mais.

Fonte: Décio e Wilma Oliveira

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

AJUDANDO CRIANÇAS DIFÍCEIS

Ajudar as Crianças

Por Bert Hellinger


1. O amor que sabe
A idéia de que devem e podem assumir algo pelos pais ou ancestrais faz parte do pano de fundo que causa dificuldades aos filhos. Isso leva a problemas intermináveis para eles. E de certa forma também para os pais. Para entendermos isso é necessário que saibamos algo sobre a diferença entre as diversas consciências.

2. A boa e a má consciência

Nós sentimos a nossa consciência como boa e má consciência, como inocência e culpa. Muitos pensam que isso teria a ver com o bom e o mau. Contudo, não é assim. Isso tem a ver com o vínculo à família e com a separação dela. Cada um de nós sabe, intuitivamente, com a ajuda de sua consciência, o que deve fazer para fazer parte dela. Uma criança sabe, intuitivamente, o que deve fazer para pertencer à família. Caso se comportar de maneira correspondente ela tem uma boa consciência. Uma boa consciência significa então: eu sinto que tenho o direito de pertencer.
Se uma criança se desvia disso ou se nós nos desviamos disso, temos medo de perder o pertencimento. Sentimos esse medo como uma má consciência. Uma má consciência significa, portanto: tenho medo de ter colocado em jogo o meu direito de pertencer.
Sentimos a boa e a má consciência de formas diferentes em diferentes grupos. Até as sentimos de forma diferente, conforme cada pessoa. Por isso temos, por exemplo, em relação ao pai uma consciência diferente da que temos em relação à mãe e na profissão uma outra consciência diferente da que temos em casa. Portanto, a consciência muda continuamente porque temos de grupo a grupo e de pessoa a pessoa uma outra percepção, pois de grupo a grupo e de pessoa a pessoa o que devemos fazer ou deixar de fazer é algo diferente, para podermos pertencer.
Com a ajuda da consciência também diferenciamos aqueles que nos pertencem daqueles que não nos pertencem. Na medida em que a consciência nos vincula à nossa família, ela nos separa de outros grupos ou pessoas e exige de nós que nos separemos deles. Por isso, devido à nossa consciência temos freqüentemente sentimentos de rejeição e até de inimizade em relação a outras pessoas e a outros grupos. Essa rejeição tem a ver com a necessidade do pertencimento e tem pouco ou quase nada a ver com o bom e o mau. Portanto, essa consciência é uma consciência que sentimos. Com a ajuda dessa consciência, diferenciamos entre o bom e o mau, mas sempre apenas em relação a um determinado grupo.

3. O emaranhamento

Contudo, existe ainda uma outra consciência oculta, uma consciência arcaica, uma consciência coletiva. Essa consciência segue outras leis diferentes daquelas ditadas pela consciência que sentimos. É a consciência do grupo. Essa consciência vela para que numa família todos se submetam a determinadas ordens que são importantes para a sua sobrevivência e união.
Em primeiro lugar, o que faz parte dessas ordens, é que cada um que pertence tem o mesmo direito de pertencer. Contudo, sob a influência da consciência que sentimos, algumas vezes excluímos algumas pessoas da família. Por exemplo, aqueles que pensamos que são maus, também aqueles dos quais temos medo. Nós os excluímos porque pensamos que sejam perigosos para nós. Contudo, através dessa outra consciência oculta, aquilo que fazemos de boa consciência, seguindo a consciência que sentimos, será condenado. Pois esta outra consciência não tolera que alguém seja excluído. Entretanto, se isso acontecer, alguém será posteriomente condenado, sob a influência dessa consciência oculta, a imitar e representar um excluído em sua vida, sem que tenha consciência disso. Denomino essa ligação inconsciente com uma pessoa excluída de “emaranhamento”.
Por isso, podemos entender que muitos filhos, os quais pensamos que estão se comportando de forma estranha ou estariam em perigo de se suicidar, ou se tornam drogaditos ou não importa o que seja, estão conectados com uma pessoa excluída. Estão emaranhados com essa pessoa. Por isso só podemos ajudá-los se eles e outras pessoas na família tiverem em seu campo de visão essa pessoa excluída, colocando-a novamente na família e no próprio coração. Depois disso, os filhos estarão liberados do emaranhamento.
Para ajudar esse tipo de filhos, outros membros familiares que até então ignoraram essas pessoas precisam finalmente olhar para elas. E aqueles com os quais estavam zangadas ou rejeitaram precisam se dedicar a elas com amor e acolhê-las novamente na família. Esse é o pano de fundo para muitas dificuldades que as crianças têm, e também a preocupação que algumas vezes seus pais têm por elas.

4. O amor cego

Contudo, existe para essa consciência oculta ainda uma outra lei. Essa lei também traz dificuldades às crianças. Essa lei exige que aqueles que pertenceram antes à família, tenham precedência em relação àqueles que vieram mais tarde. Portanto, existe entre os membros anteriores e os posteriores uma hierarquia. Essa hierarquia precisa ser obedecida. Contudo, muitas crianças tomam a liberdade de assumir algo pelos pais para ajudá-los. Com isso transgridem a hierarquia. Então a criança diz para a mãe ou pra o pai, sob a influência dessa consciência, frases internas, tais como: ”Eu assumo isso por você.” “Eu expio por você.” “Vou adoecer em seu lugar.” “Vou morrer em seu lugar.” Tudo isso acontece por amor, mas por um amor cego. Esse amor cego leva às drogas ou ao perigo de vida e comportamentos agressivos. Entretanto, estes tipos de comportamento e esses perigos têm a ver com a tentativa de assumir algo pelos pais. Essa ordem é violada e ferida dessa forma.

5. A ordem

Quando ficamos sabendo dessa ordem, podemos restabelecê-la novamente. Isso significa, por exemplo: os pais assumem as conseqüências de seu próprio comportamento, de seu próprio emaranhamento e os carregam sozinhos. Então a criança estará livre. Ela não precisa assumir nada daquilo que é da alçada dos outros.
Contudo, a transgressão da ordem de origem é castigada duramente por essa consciência oculta. Toda criança que tenta assumir algo pelos pais ou por outros que vieram antes dela, fracassa. Nenhuma tentativa de assumir algo pelos pais tem sucesso. Está sempre fadada ao fracasso e, na verdade, para todos os envolvidos. Nós precisamos saber disso. Por isso, ajudamos as crianças a se soltarem dessa intromissão. Ao invés de olhar para as crianças, olhamos primeiro para os pais e deixamos que eles mesmos resolvam os problemas. Se os pais resolverem isso, os filhos se sentem livres. Eles ficam novamente tranqüilos e se sentem acolhidos. Portanto, estas são duas leis básicas que devemos ter no nosso campo de visão e estar em acordo interno quando se quer ajudar crianças difíceis.